Pico 7 é constituído por um equipamento e por curativo (s) esterilizado (s). O dispositivo PICO 7 mantém a Terapia de Feridas por Pressão Negativa (TFPN) a 80 mmHg (nominal) na superfície da ferida. O exsudato é gerido pelo curativo mediante uma combinação de absorção e evaporação da humidade através da película externa.
O kit com dois curativos Pico 7 destina-se a ser utilizado durante até 7 dias em feridas com exsudato reduzido a moderado.
O kit de curativo individual Pico 7 destina-se a ser utilizado durante até 7 dias em feridas com exsudato reduzido, e para feridas com exsudato moderado são necessários curativos adicionais (podem ser adquiridos separadamente).
O curativo de porta macia Pico 7 foi concebido com um filtro integrado para evitar a entrada de líquido no tubo flexível e na bomba Pico 7.
As feridas com exsudato reduzido são consideradas como tendo até 0,6 g de exsudato líquido/cm2 da área da ferida/24 horas. As feridas com exsudato moderado são consideradas como tendo até 1,1 g de exsudato líquido/cm2 da área da ferida/24 horas. 1 g de exsudato corresponde aproximadamente a 1 ml de exsudato.
A frequência das mudanças de curativo pode ser afetada por vários fatores como, por exemplo, o tipo de ferida, tamanho da ferida, taxa ou volume de exsudato, orientação ou condições ambientais.
Indicação
Pico 7 está indicado em pacientes que podem beneficiar de um dispositivo de sucção (TFPN) porque pode estimular a cicatrização das feridas através da remoção de exsudato de nível reduzido a moderado e de materiais infeciosos.
Os tipos adequados de feridas incluem:
- Crônicas.
- Agudas.
- Traumáticas
- Feridas subagudas e deiscências.
- Queimaduras de espessura parcial.
- Úlceras (diabéticas ou de pressão).
- Retalhos e enxertos
- Locais de incisão encerrados
Os sistemas de pressão negativa de utilização única PICO 7 são adequados para utilização tanto num ambiente hospitalar como num ambiente de cuidados no domicílio.
Contraindicação
Pico 7 está contraindicado para:
- Pacientes com neoplasia maligna no leito ou nos bordos da ferida (exceto em cuidados paliativos para melhorar a qualidade de vida).
- Osteomielite anteriormente confirmada e não tratada.
- Fístulas não entéricas e não exploradas.
- Tecido necrótico com escara presente.
- Artérias, veias, nervos ou órgãos expostos.
- Locais anastomóticos expostos.
Pico 7 não deve ser utilizado para:
- Aspiração de emergências das vias aéreas.
- Drenagem torácica, mediastínica ou pleural por um tubo.
- Aspiração cirúrgica.
Precauções
O equipamento Pico 7 contém um íman. Devem tomar-se precauções para manter o equipamento a uma distância de, pelo menos, 10 cm dos dispositivos implantáveis como pacemakers, desfibriladores e válvulas de derivação.
Devem ser tomadas precauções nos seguintes tipos de pacientes que estão em risco elevado de complicações hemorrágicas:
- Estão sob terapêutica anticoagulante ou com inibidores da agregação plaquetária ou que têm uma hemorragia ativa.
- Têm vasos sanguíneos enfraquecidos ou friáveis ou órgãos na ferida ou na sua proximidade, como resultado de, mas não limitado a: anastomoses, infeção, traumatismo ou radiação.
- Apresentam uma hemóstase difícil da ferida.
- Não tratados para mal nutrição.
- Não aderem ao tratamento ou são agressivos.
- Têm feridas muito próximas de vasos sanguíneos ou de fáscia delicada.
Contate o seu profissional de saúde em caso de dor, vermelhidão, odor, sensibilização ou uma alteração súbita no volume ou cor do fluido da ferida durante a utilização.
Quando o Pico 7 é utilizado para proteger os enxertos de pele, é importante inspecionar visualmente e regularmente o sistema, especialmente na primeira semana de tratamento, para assegurar que a TFPN é aplicada continuamente e a selagem é mantida.
Nos casos em que os curativos Pico 7 são utilizados em feridas infectadas poderão ser necessárias mudanças de curativo mais frequentes. Deve ser mantida a monitorização regular da ferida para verificar se existem sinais de infecção.
Se considerado clinicamente apropriado, devem tomar-se precauções para que a aplicação de um curativo circular ou a utilização de TFPN em membros isquêmicos não comprometem a circulação.
Pico 7 não tem alertas sonoros. O equipamento deve ser transportado de forma a que esteja acessível e o paciente/profissional de saúde possa controlar regularmente o seu estado.
Embora os curativos Pico 7 possam ser usados sob o vestuário/roupa de cama, é importante que não sejam aplicados materiais oclusivos, por exemplo, curativos tipo película, sobre a área da almofada do curativo uma vez que isto prejudica a evaporação de umidade pretendida através da sua camada exterior.
O curativo Pico 7 não deve ser coberto por dispositivos de imobilização rígidos ou moldes que podem exercer pressão excessiva e causar lesão do tecido no local da ferida, especialmente onde a tubagem entra no curativo.
A colocação prolongada de materiais rígidos ou opacos sobre o curativo Pico 7 pode impedir a inspeção regular e avaliação da ferida, e alterar as mudanças de curativo agendadas ou necessárias.
Nos casos em que os curativos Pico 7 são utilizados em pacientes com pele frágil, deve utilizar-se um protetor cutâneo como secura nas zonas da pele onde serão aplicadas tiras de fixação. A utilização inadequada ou repetida de tiras de fixação pode resultar em danos à pele.
Não utilize os curativos Pico 7 com produtos à base de óleo, tais como petrolatum, pois podem comprometer o estabelecimento de uma selagem eficaz.
A utilização de TFPN apresenta um risco de crescimento tecidual no interior da espuma quando esta é utilizada para preenchimento da ferida. Quando utilizar preenchimento de espuma com Pico 7, o crescimento tecidual pode ser diminuído utilizando uma camada de contato com a ferida não-aderente ou aumentando a frequência de mudança de curativos.
Pico 7 pode ser utilizado conjuntamente com drenos cirúrgicos desde que o curativo não seja colocado sobre o dreno no ponto por onde este sai da pele. Os drenos cirúrgicos devem ser dirigidos sob a pele afastando-os do bordo do curativo e devem funcionar independentemente do sistema Pico 7.
O dispositivo deve ser protegido de fontes de fluido, por exemplo, de incontinência ou derrames. Interrompa o uso do Pico 7, se for observada a entrada de fluido.
Ao tomar banho, a bomba Pico 7 deve ser parada e desconectada do curativo. Quando desconectado, certifique-se de que a extremidade da tubagem ligada ao curativo está voltada para baixo para que a água não entre no tubo.
Não desmonte o dispositivo.
O curativo Pico 7 só deve ser utilizado com equipamentos Pico 7.
Não altere a forma do dreno, não o corte, puxe por ele ou pela porta (soft port).
Não corte a almofada do curativo Pico 7 porque pode causar a perda da aplicação da TFPN.
Certifique-se sempre de que o curativo Pico 7 é posicionado no centro da ferida. A porta (soft port) deve ser posicionada numa posição superior à ferida sobre a pele intacta o mais distante da ferida para minimizar o risco de acumulação de fluido à volta da porta (soft port) e de bloqueio potencial da TFPN.
Tomografias computadorizadas e radiografias têm o potencial de interferir com alguns dispositivos médicos eletrônicos. Sempre que possível, afaste o equipamento do alcance do aparelho de raios X ou do scanner TC. Se o equipamento esteve no alcance de um destes aparelhos, verifique se o sistema está funcionando corretamente seguindo o procedimento.
O sistema Pico 7 é apenas para utilização única. A utilização de qualquer parte deste sistema em mais do que um paciente pode resultar em contaminação cruzada que pode causar infecções.
Elevadas temperaturas e umidade podem diminuir o tempo de utilização dos curativos Pico 7.
O sistema Pico 7 destina-se a ser utilizado num ambiente hospitalar e num ambiente de cuidados ao domicílio. O sistema também pode ser utilizado no avião, automóvel, trem e barco. Durante o transporte, existe a possibilidade de interferência de radiofrequência que pode afetar o desempenho de Pico 7. Se o equipamento não funcionar corretamente, substitua as pilhas. Se o problema não for corrigido, contate o seu profissional de saúde para substituir o sistema.
Ao aplicar curativos uns ao pé dos outros, certifique-se de que os rebordos dos curativos não se sobrepõem.